Por que fazemos mapas?

Curiosidades sobre esta forma de representação e organização do homem

Mapas estão presentes em todos os aspectos da vida humana. Em um entendimento bem amplo, um mapa é uma representação visual de determinada realidade (um conjunto de informações desta realidade apresentados de forma sistematizada). Inúmeras podem ser estas expressões a que chamamos de mapas. Podem ser geográficas, sociais, conceituais, temáticas, estruturais. A pergunta que surge é: por que fazemos mapas? A fabricação de variados tipos de mapas revela, de fato, a necessidade humana de conhecer o espaço em que existe (físico, social, emocional e profissional), para entender possíveis formas de organizar e controlar isto.

A cartografia – ciência que estuda e desenvolve mapas – é muito antiga. Antes da invenção da escrita a humanidade já fazia esquemas visuais para representar lugares por onde passava ou vivia. As civilizações da Mesopotâmia, Egito, China e Grécia têm registros deste tipo de representação e atestam sobre a importância que o homem sempre atribuiu à necessidade de conhecer o espaço em que habita. Mais que ferramenta para orientação e localização, mapas se tornaram elementos fundamentais para a expansão das civilizações e seu desenvolvimento técnico.

Um mapa pode ser utilizado para retratar amplos aspectos da humanidade. Sejam características físicas do espaço (a geografia) até dados econômicos, sociais e culturais de um povo. Por meio deles podemos entender de forma sistematizada grande quantidade de informações quantitativas e qualitativas coletivas. Mapas podem ser, também, mais subjetivos, principalmente quando são desenvolvidos para representar características psicológicas do homem ou estruturas sociais em vigência. Além do mais, se tornaram ferramentas esquemáticas para lidar com grandes quantidades de dados em qualquer ciência: os famosos mapas conceituais.

Considerando o caráter das informações que podem ser reunidas em mapas, eles são, sem dúvida, importantes para planejamento da vida e gestão de atividades. Em síntese, nos ajudam a interpretar a vida em todas as suas instâncias para que, então, possamos fazer previsões ou traçar novos caminhos de desenvolvimento e mudanças. Um mapa, em qualquer lugar que é empregado, pode servir para:

1. Localização

Mapas são formas inteligíveis de expressar conhecimentos complexos, tornando-os apreensíveis por nosso cérebro. Ou seja, servem para explicar situações densas ou não passíveis de visualização em grafias que a mente é capaz de entender. Espaços geográficos, questões sociopolíticas ou culturais, a variação do clima, grandes conjuntos de conceitos (como na matemática ou filosofia), podem ser explicados por meio da sistematização de um mapa. Fazer um mapa é criar uma localização metafórica para determinadas informações. Mapas são, portanto, ferramentas de localização atuantes em todas as áreas do conhecimento e nos ajudam a vivenciar o mundo de forma mais compreensível.

2. Comunicação

Mapas também são ferramentas de comunicação. Por meio deles é possível descrever o espaço em que vivemos e compartilhar dados, impressões, ideias, visões com um grande grupo de pessoas. Desta forma, é possível com uma comunidade a fim de construir novas formas de percepção e coexistência.

3. Conhecimento

Sendo ferramentas de comunicação, representam, também, uma forma de linguagem. Estabelecem e se valem de variadas simbologias que, por sua vez, são compartilhadas e repetidas por grupos sociais – tal qual o idioma de um país. Portanto, um mapa é uma forma de preservar, perpetuar e possibilitar a ampliação de conhecimentos adquiridos pelas civilizações.

Para além destas características gerais, mapas são excelentes ferramentas para a vida escolar. Criar um mapa conceitual na hora de estudar pode contribuir para o aumento da memorização e produtividade. Também ajuda na organização do fluxo de ideias naturais no cérebro. Quando um estudante precisa lidar com um grande conjunto de dados/conhecimentos, precisa memorizar muita informação relacionando cada aspecto corretamente, um mapa conceitual pode ser a opção mais inteligente.

Neste caso, ele deve desenvolver um sistema-esquema em que cada uma das informações seja disposta e organizada em símbolos ou palavras-chave. Um mapa como este pode ser feito no caderno ou computador, utilizando cores, desenhos, pequenos termos e ícones para criar uma rede de ligações que facilite o entendimento. Além de memorizar o conteúdo com profundidade, isto torna o processo de absorção mais ágil e criativo.

Enfim, mapas são importantes para a humanidade e, como você já notou, podem ser utilizados em qualquer lugar. Que tal experimentar e depois nos mandar um relato sobre esta experiência?

Veja também: