Tendências tecnológicas para educação

Confira ferramentas e mudanças para acompanhar neste início de ano

Não é novidade o fato de que o uso da tecnologia na escola é parte cada vez mais integrada da vida de professores e alunos. Também das famílias, que passam a acompanhar as mudanças constantes que moldam a vida estudantil diária. Embora a educação já utilize ferramentas digitais de diversas maneiras, estas possibilidades têm ganhado novos contornos. É importante ficar antenado às tendências que se apresentam no horizonte educacional de 2024.

A importância de se atentar para isto, seja como estudante, professor ou gestor está no fato de que estes recursos estão transformando profundamente a formas de ensinar, aprender e as possibilidades de desenvolvimento dos alunos. É fundamental que todos os atores envolvidos no processo escolar estejam dispostos a evoluir junto com o mundo. Muitas destas novas ferramentas, inclusive, oferecem maneiras melhores de engajamento e didáticas mais envolventes e divertidas.

Entre as novidades, personalizar o ensino e promover a imersão estão em alta. Confira o que esperar neste ano que se inicia.

1. Interação e gamificação

A aprendizagem interativa é tendência crescente no cenário educacional. Neste caso, a gamificação desempenha papel significativo, pois é uma excelente ferramenta para promover interação e engajamento. Incorporar elementos de jogos – caso de desafios, recompensas, competições – nas aulas, permite ao professor criar um ambiente mais rico de troca e retenção. Além do mais, permite que o aluno assuma o controle de seu processo de aprendizagem, acompanhando o progresso de maneira lúdica. Este é um cenário que atende às determinações da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) de incentivo ao protagonismo do aluno. O interessante é que na aprendizagem interativa o estudante consegue visualizar, de forma mais concreta, como aplicar os conhecimentos em contextos práticos. O professor pode recorrer a simulações interativas em ambientes virtuais, ou criar jogos de mesa que trabalhem os conteúdos a serem explorados. É uma intervenção pedagógica inteligente.

2. Inteligência artificial

O medo de que os computadores dominem o mundo e submetam o mundo já ficou nos universos da ficção científica. É fato que a Inteligência Artificial (IA) tem mecanismos que permitem atividades, antes, exclusivas do homem, como raciocinar, aprender e resolver problemas. Mas ela tem se tornado, apesar disto, grande aliada nos processos da vida, inclusive na educação. Na escola, pode ser utilizada para criar sistemas de aprendizagem personalizada, adaptando conteúdo e ritmo de ensino de acordo com a necessidade do aluno. Além do mais, pode automatizar tarefas administrativas, ajudando a economizar recursos e tempo e concedendo à docentes e gestores espaço para concentrarem-se em outras atividades essenciais ao ensino de qualidade. Por outro lado, a IA pode fornecer valiosas percepções ao analisar dados educacionais, contribuindo para aprimorar o desempenho de todos os envolvidos no processo escolar. Para os estudantes, o uso de chatbots também pode ser enriquecedor. Com o devido treinamento, estas ferramentas facilitam, e muito, a jornada estudantil.

3. Realidade Virtual e aumentada

Quem não fica surpreso, ainda, ao imaginar um mundo em que as pessoas passem tempo substancial de suas vidas utilizando “super-óculos” de realidade virtual? Mais que uma ferramenta para jogos ou diversão, estas tecnologias oferecem, verdadeiramente, experiências de aprendizagem imersiva e interativa. Na escola, os alunos poderão explorar ambientes virtuais em que os conteúdos possam ser manipulados de forma mais concreta. Podem, também, viajar para experimentar outros contextos históricos e culturas. É uma forma de interação com o conteúdo inteiramente nova. Escolas devem investir em plataformas que possibilitem aos jovens esta forma de aproximação com os dados e materiais.

4. Nano-aprendizagem

A nano-aprendizagem (nano learning) é uma abordagem inovadora que busca atender os períodos curtos de atenção normalmente apresentados pelos alunos. Neste caso, guarda similaridade com o microlearning, que consiste na entrega de informações curtas e de fácil compreensão, projetadas para atender a objetivos de aprendizagem específicos. Na nano-aprendizagem, estes materiais curtos não preparados para serem acessados a qualquer hora e em qualquer lugar. Os tópicos complexos são divididos em pequenas unidades de ensino, focadas em maximizar a retenção e engajamento jovem. As iniciativas nesta direção são consideradas o futuro do ensino-aprendizagem, pois respondem aos modos de vida contemporâneos, em que pessoas tem cada vez menos tempo disponível para aprender. Redes sociais (Instragram, TikTok, youtube) são o carro chefe destas empreitadas. Representam espaços para conteúdo curto, envolvente e que possa ser consumido de forma rápida e eficaz.

Animado com as perspectivas educacionais para este ano? Pronto para se adaptar e aprender sobre as ferramentas que emergem a cada dia? Não sem ressalvas, é razoavelmente seguro afirmar que o mundo educacional como o conhecemos está às portas de potentes mudanças. Nosso desejo é que você se atualize e embarque na jornada para construir um ambiente educacional cada vez mais rico. Bom ano letivo!

Veja também: