Imagine uma paisagem sem cores
Hm! Imaginou bem! Agora, imagine só como seria se adicionássemos um pouco de verde nos coqueiros, azul para o céu e alguns tons alaranjados para o pôr-do-sol. O que é observado fica mais complexo com as variações de cores que nos são apresentadas. Já parou para pensar na importância que as cores têm e que elas podem comunicar mesmo sem precisar de palavra alguma?
Isso mesmo. A outra notícia boa é que podemos usá-las ao nosso favor para provocar reações e chamar a atenção tanto em decorações para os eventos comemorativos como para cativar a atenção de nossos estudantes.
O primeiro passo é sabermos que as cores não possuem os mesmos significados em culturas distintas e a percepção das cores é subjetiva. Sabendo disso, podemos trabalhá-las dentro de um contexto. Por exemplo, costumamos relacionar o preto ao luto. Mas em outras culturas ao redor do mundo as cores que representam o luto podem ser: branco, roxo e amarelo.
A idade, saúde mental e humor também afetam como vemos as cores. Por exemplo, crianças que estão aprendendo a distinguir as cores, geralmente têm preferência por vermelho ou laranja. Ao passar dos anos, o cristalino do olho humano vai gradativamente se tornando mais amarelado. Dessa forma, uma criança absorve 10% da luz azul, enquanto que um idoso absorve 57%.
O pesquisador Gilbert Brighouse conduziu um estudo com estudantes universitários, testando seus tempos de reação dependendo da cor da luz em que estavam. Ele descobriu que os estudantes eram 12% mais rápidos que o normal quando expostos à luz vermelha. Já os que estavam expostos à luz verde retardavam suas respostas. Com esses resultados, Gilbert chegou à conclusão de que os humanos respondem mais rapidamente sob luz forte do que sob luz fraca.
Agora vamos voltar um pouco no tempo. Em 1666, Isaac Newton fez experimentos com o prisma e estabeleceu uma base científica para o entendimento da cor. Ele decidiu usar sete nomes de cores (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta) fazendo analogia às sete notas da escala musical.
As cores nos acompanham durante toda vida. Expressões como “Estou verde de fome” ou “Ele está roxo de frio” são alguns dos exemplos em que usamos as colorações até atribuindo significados conotativos. Dessa forma, é imprescindível que sejam apresentadas as cores primárias, secundárias e terciárias nos primeiros anos escolares.
Nada melhor que usar cores fortes (como amarelo e laranja) para incentivar a criatividade e tons azulados para acalmar a turminha. Fica também o incentivo aos próprios educadores para se utilizarem conscientemente das cores em trabalhos manuais e gráficos para obterem resultados surpreendentes.
Materiais que podem auxiliar no ensino das cores:
Descobrindo as cores com a Luísa