No ambiente escolar, a sustentabilidade deve ser teoria e prática
O ano, 1972. O lugar, Estocolmo, Suécia. A Organização das Nações Unidas (ONU) reuniu líderes de diversos países em sua primeira conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nesta data, quase cinquenta anos atrás, a natureza já reagia às explorações sofridas e o planeta inteiro entendia que era preciso unir forças se quisesse sobreviver. Estadistas reconheceram a necessidade de adaptarem suas economias e culturas a princípios ecológicos. Foi assim que surgiu o conceito do ecodesenvolvimento.
Tempos depois, em 1987, a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland continuou a discussão ambiental e mencionou pela primeira vez o desenvolvimento sustentável como uma solução a fim de reverter o caos. Esse termo diz respeito a nossa capacidade de satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a sobrevivência no futuro. Ou seja, viver sem explorar a natureza.
As pautas ecológicas ganharam força no século passado, mas continuam urgentes em nossos dias. Desmatamentos e poluições seguem comprometendo a qualidade de vida em nosso planeta, ameaçando a biodiversidade, extinguindo recursos, provocando catástrofes e acelerando o aquecimento global.
No entanto, se engana quem pensa que apenas os líderes de estado devem pensar sobre essas questões e propor soluções. O desenvolvimento sustentável, ou sustentabilidade – como o conceito também costuma ser conhecido – é uma prática cotidiana que pode começar dentro de casa e, inclusive, dentro das escolas.
O que isso tudo tem a ver com sua escola?
Uma escola comprometida com o meio-ambiente e a sustentabilidade tem potencial para impactar gerações afinal, sobre ela repousa a responsabilidade de educar. Quando uma criança ou adolescente aprende a respeito da ecologia, muda os seus hábitos e influencia sua família a fazer o mesmo.
O desenvolvimento sustentável é um assunto interdisciplinar. Professores de diversas áreas podem pautar o tema em suas aulas, alertando sobre a importância de preservar a natureza e sugerindo ações com essa finalidade. Todavia, a sustentabilidade deve ir além da teoria e assumir a dimensão prática.
Mas como construir uma escola ecologicamente correta? Confira algumas iniciativas que podem ser aplicadas e praticadas dentro de sua instituição:
1- Reduza o uso de papel
Muitas árvores são derrubadas para que haja extração de celulose. Para evitar que isso aconteça, troque a papelada por arquivos no computador, por exemplo. Imprima apenas quando for necessário. Conscientize tanto colaboradores quanto alunos sobre o uso consciente e moderado do papel.
2- Adote coletores seletivos
Separar o lixo de acordo com o material de sua composição faz com que ele seja adequadamente destinado. Seja para reciclagem, ou para outros fins como reuso ou adubo. Distribua lixeiras coloridas e explicativas por toda extensão da escola. Ensine seus alunos sobre onde deixar cada resíduo e incentive-os a fazer a coleta seletiva em casa também.
3- Economize água e energia elétrica
Crie movimentos de conscientização sobre a economia desses recursos. Espalhe avisos pela escola, recorra à tecnologia ao adotar dispositivos que se ativem por sensores de presença. Faça palestras que abordem essas questões. As possibilidades são inúmeras. Você verá que, além de preservar a natureza, sua escola reduzirá despesas. A sustentabilidade funciona como uma via de mão dupla.
Amor pela natureza
Além de todas as iniciativas mencionadas, sua escola pode proporcionar atividades a céu aberto e cultivar uma horta. Dessa forma, seus alunos desenvolverão afeto pela natureza e entenderão por que é tão importante preservá-la.